sexta-feira, 27 de novembro de 2009



COMO MANDAR O CORAÇÃO

Sabe aquela expressão: o trabalho dignifica o homem? É deveras.

Participei, este ano, de um projeto muito especial chamado Oráculo do Pão - Alquimia & Milagre. Consiste numa caixa com um livreto e um baralho de 33 cartas. No livreto, um pouco da história da Magui, a criadora do projeto, e seu envolvimento com a "alquimia e o milagre" de se fazer o pão. Nas cartas, 33 intenções: amor, humor, compaixão, doçura, tolerância, misericórdia... Intenções descritas em textos comoventes e inspiradíssimos de Claúdia Nascimento.

A mim, coube o design gráfico. Que responsa! Para além de todas as variáveis que um projeto exige, aqui especialmente, trabalhei sem economizar na emoção. Todas que o projeto invocava. Tive a ajuda preciosa da D. Marlene Antunes, que fez lindos bordados pra eu brincar e a produção gráfica ficou a cargo da Fabiana Antunes, da Papel e Tudo. Tenho orgulho de ter participado desse projeto e, felizmente, o resultado tem agradado.

O oráculo pode ser usado, disse Claudia Nascimento, como mandar o coração. Eu sempre tiro uma carta, uma intenção para o meu dia. Faz um bem danado pra alma e pro coração.

P.S.: Mais informações sobre o Oráculo do Pão:

+ P.S.: Dá uma espiadinha, aí embaixo, como ficou o Oráculo.



domingo, 22 de novembro de 2009

SIMPLESMENTE

Não sei por que cargas d’água decidimos complicar o mundo desse jeito?! Sinal máximo da nossa involução e a gente achando que complicação tem a ver com sofisticação e progresso. Bobagem.

Vamos seguindo complicando tudo, mas, pra mim, o que complica todo o resto é, basicamente, como a gente se relaciona com a gente mesmo e com o outro. Prepotência, impaciência, vaidade, insegurança, mau-humor e o coletivo que vem a reboque fazem nossa relação com o trabalho ser complicada, nossa relação com o dinheiro ser complicada, nossa relação com a rotina ser complicada, nossas relações afetivas serem complicadas. Aí a gente abusa dessa tecnologia complicada pra esquecer das outras complicações. Eu sei, isso é muito complicado!

Mas, meia volta volver. Onde foi que a gente se perdeu no caminho da simplicidade? na hora de tentar deixar o supérfluo pra trás. Levar a mala mais vazia na viagem (do meu mini-ferro de passar eu não consigo abrir mão). Conduzir com mais humildade nossa experiência por aqui. Ficar mais atentos ao cotidiano e suas pequenas inúmeras possibilidades de alegria e felicidade. Talvez assim, a gente consiga estabelecer relações intra e interpessoais mais simples. E, por consequência simplificaremos nossa relação com o trabalho, com o dinheiro, com o consumo, etc. Essa percepção e essa conduta constroem um círculo virtuoso que pode fazer muita diferença no nosso placar geral.

Sei que estamos vivendo tempos hostis. Não dá (nem devemos) ficar alheios a essa dura realidade. Mas complicar pra quê?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009


CON LIMÓN Y SAL

1. Eu não entendo nada de música, mas sou louco por.

2. Não sei porque ignoramos tanto o que acontece musicalmente nos países hermanos (Shakira, Julio Iglesias ou qualquer outro que fez sucesso no resto do mundo primeiro não vale). O Tratado de Tordesilhas ainda em vigor? Ao que me parece não para eles, que até onde sei, conhecem e curtem a nossa música. Então, tenho estado mais curioso em relação à música feita pelos nossos vizinhos de América Latina.

3. Dito isso, vamos ao motivo deste post: Julieta Venegas.
Uma moça de beleza particular, tocando acordeon e cantando uma música meio... "diferente". Foi assim que conheci essa artista mexicana (estadunidense só de nascimento, bem sucedida na "vizinhança" e dona de alguns Grammys). Achei a combinação muito pop. Aquela música... "diferente" me ganhou e me fez comprar o CD MTV Unplugged(?), que não parei mais de ouvir. Não sei classificar a música que ela faz. Nem precisa. Da sanfona (que acho demais) até uma tuba (pra mim foi a cereja do bolo), tudo é vibrante e surpreendente. Parece pintado por Frida Kahlo. E, até onde meu portunhol me permite ir, as letras são bem legais. Ainda tem a participação da Marisa Monte cantando uma música muito bonitinha. Pra terminar: o disco traz, na capa, a foto dela se equilibrando nas cordas do que parece um violino. Eu acho que ela se equilibra também entre o antigo e o novo, entre o pop e o conceitual.
"Si quisieras andar conmigo..."

P.S.: A música... "diferente" que eu falei era El presente. Pra ouvir, (se o tocador que está logo abaixo funcionar) é só apertar o play!


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Olha que massa! Em junho passado (10.jun.09), a Veja São Paulo sugeriu presente para o Dia dos Namorados: Moringa "Nas Nuvens", Papel e Tudo por Paulo Andrade.


sábado, 7 de novembro de 2009



DANCEI!

Alguém me explica, por favor, porque as pessoas associam situações negativas ao termo dançar? O cara perdeu a namorada: ele dançou! O cara perdeu o emprego: ele dançou! O cara perdeu os cabelos: ele dançou! Ora bolas. Se o cara realmente tivesse dançado, ele estaria bem.

Então, venho aqui registrar minha indignação e apresentar a mais nova possibilidade semântica pro termo. A partir de hoje, todo mundo que se der bem vai ter dançado. O cara arrumou uma namorada: ele dançou! O cara conseguiu emprego: ele dançou! O cara fez implante capilar: ele dançou!

Falo com conhecimento de causa (não, não perdi os cabelos). É que das melhores coisas que me aconteceram ultimamente, com certeza, a dança de salão foi uma delas. Não sou um exímio dançarino e nunca vou ter a excelência do meu "querido professor" (um dançarino de nascença). Mas não é essa a intenção. Ainda sou designer gráfico. Estou falando é de como a dança me faz uma pessoa melhor. (Perdoem-me os clichês. Não conseguirei evitá-los.)

Dos efeitos da dança, o mais prático, tem a ver com a tal da consciência corporal. Junto com ela, uma nova postura. Mais altiva, elegante, em conexão com o divino, não é isso professor? Cada parte do corpo no seu devido lugar. Acho até que minha proeminente barriguinha recuou um pouco, além do que, parece que cresci uns milímetros nos últimos tempos. Então, para além dos boleros, sempre alerta pra manter uma postura correta.

Outro aspecto relevante trata da relação com o outro. A dança de salão, é, basicamente, realizada em pares. Hora de estabelecer um jogo de parceria. De conduzir, no meu caso e de ser conduzida, no caso da dama. Um jogo que fica no limite do engano. É aí que tá a graça. Entender e respeitar o espaço do outro. Confiar no outro. Dar ao outro, pistas com o seu corpo, com sua energia, das suas intenções. Isso é dançar! Os passos são um pretexto, como disse um filósofo.

Há, ainda, uma etiqueta a ser respeitada. Gentilezas instituídas. Convém, por exemplo, se apresentar para dançar e agradecer ao fim do dança. Básicos, cada vez mais, deixados de lado no dia a dia. Além de tudo, dançar tem um efeito altamente terapêutico. Não deixo de ir pra academia no dia em que estou de baixo-astral. Sei que um soltinho ou um sambinha podem resolver. A diversão, geralmente, é garantida!

Como disse Martha Medeiros: "Dançar é tão bom que nem precisava servir pra nada. Mas serve." Há muito o que se falar sobre a dança de salão, no meu caso, e de como seus princípios se aplicam na vida cotidiana. Dava um compêndio. Mas é que tô ouvindo um sambinha...

Há dois anos me matriculei na Incomodança, do professor Mauro Fernandes. Sob sol ou chuva, sempre por lá. me dando bem! dançando!

domingo, 1 de novembro de 2009


Tá bom! Me rendi ao virtual. Como ainda não entendi esse tal de Twitter, não simpatizo a mínima com o Orkut, não navego pelos Facebook, Myspace, Flickr e familiares, resolvi fazer um blog.

Parece que tô chegando no fim da festa, né? Blogs já parecem invenção de faraó. Azar o meu. Achei que seria uma ferramenta mais confortável pra me expressar virtualmente.

Aí me disseram que eu deveria ter um tema, um foco, uma especificidade pro blog atrair um "segmento de internautas". Que burocrático! Quase acadêmico! Então tá, meu tema é (como diria Marisa Monte) o meu universo particular ou o infinito ao meu redor. Que tal? Específico demais?

A ideia é usar o blog como um espaço de experiência, de exercício, de expressão. Pra falar das coisas que gosto. Das coisas que faço. Que vejo, ouço, leio. De poesia. De gentilezas. De vagalumes, tubarões, dinossauros e tudo mais que me der na telha. Pra falar, por consequência, de mim (um exercício e tanto). Pra falar sobre o que me move e me comove. Com humor, leveza e sem nenhuma pretensão.

Prazer. Cara de Paulo.

Me poupe! Cofrinho Pig Turista
Design Gráfico: Paulo Andrade para Papel e Tudo

MICHAEL JACKSON'S THIS IS IT

Ele é o cara. Parece até estranho ver aquela figura frágil, infantilizada, feminilizada se transformar num artista gigante, forte, enérgico. É o que vemos nas quase duas horas do filme Michael Jackson's This is it.

Aqui, não interessa a atribulada e esquisita vida particular do cara. O filme é uma compilação das mais de 100 horas de gravações dos ensaios para os shows que aconteceriam em Londres. Sua majestade passeia, tira onda. Conhece detalhadamente todas as músicas, as coreografias, participa de tudo, canta e dança muito, demais, pra c... A sensação é de estar participando um pouquinho do show. Dá vontade de aplaudir ao final de cada número. Até porque é um desfile de clássicos pop: entre outros, Smooth Criminal, Beat it, Billie Jean e o clássico dos clássicos, Thriller, com novas imagens muito legais.

Ao final, fica uma sensação estranha de alegria - por ter visto o gênio criador em ação - e de tristeza, por saber que acabou. Mas fica, também, uma certeza: o rei não está posto!

P.S: Sei que pra primeira sugestão do cardápio, não fui muito original. Mas, garanto que é uma ótima pedida! Ah, pra acompanhar sugiro ouvir Rock with you, das minhas favoritas, que não está no filme.

Breve histórico: Trabalhei na Papel e Tudo por 4 anos. Saí para alçar outros voos. Mas sempre dou um rasante por lá. Assim nasceu a maior parte do meu portfolio. Um prazer pra mim! Taí um exemplo dessa parceria: Moringa Papel e Tudo por Paulo Andrade.

Ah, não deixem de visitar: www.papeletudo.com.br/blog