terça-feira, 30 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

da série B I L H E T E S | Nº 43

domingo, 14 de novembro de 2010


PÉ DE LEMBRANÇA

Foi o tempo que diminuiu os espaços ou minha memória que os aumentou? É que quando eu era criança parecia que o pequeno quintal nos fundos da minha casa era um mundo inteiro de tão grande...

Lá, além da gangorra que o Tio Piu fez pra gente brincar, tinha muitas plantas que o quintal cimentado já não suporta mais. Apesar de não serem todas cultivadas simultaneamente, minha memória registrou enormes pés de couve-palácio, almeirão, taioba, cana-caiana, figo, um pezinho de café, milho, mamões, goiaba vermelha, a inconfundível manga-ubá e algumas mais...

Além dessas, e, sobretudo, havia o pé de jabuticaba. Ainda há. O sobrevivente. Um guardião de histórias. Um espectador silencioso de mudanças. Foi meu pai quem plantou. Dizia que quem plantava jabuticaba não colhia (só pra contrariar, o pé daqui de casa deu três bolinhas pretas antes dele partir, matematicamente divididas entre ele, minha irmã e eu).

Vinte e tantos anos depois, ainda fico admirado com essa árvore que ritualisticamente, todo ano, pipoca seu caule com flores brancas muito perfumadas e depois com os frutos pretos muito doces. Fascinante!

Hoje, olhando a jabuticabeira no meu pequeno quintal, fiquei pensando que a memória aumenta espaços sim. Que deve ter uma caixa de lápis de cor de 36 que faz as lembranças afetivas parecerem mais coloridas. E que pega a gente distraído, “panhando” jabuticaba no pé, pra trazer à tona algumas lembranças doces...

domingo, 7 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


da série B I L H E T E S | Nº 42