segunda-feira, 28 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010


PÁTRIA DE CHUTEIRAS

Olha que ironia. Eu, que estava tão desanimado com a Copa, me lembrei da festa que é o mundial de futebol no trânsito. Sim, no trânsito. Aquele mais infernal e que desalinha todos os chacras que existem num ser humano.

É que enquanto dirigia pra casa, pra assistir Brasil x Coreia sossegado, fui percebendo como a cidade estava mobilizada pro jogo da seleção. Cercado de verde e amarelo e ao som (sofisticado) das vuvuzelas, até o trânsito parecia fazer parte da festa (os motoristas nem mostravam irritação com aquela confusão). É como se abrisse um hiato na rotina pra esse momento especial. Uma comoção com o futebol e com o escrete canarinho, que faz valer e entender o título de país do futebol. Uma energia ou vibe (pra parecer mais chique) contagiante.

Alguns acham esse envolvimento alienante, exagerado. Estraga-prazeres! Deixa o Brasil viver e aproveitar essa micareta que é a Copa. Logo chega outubro e não sei se teremos muito o que comemorar. Sabemos que o país tá cheio de absurdos, mas por hora, que absurda mesma seja a nossa alegria de comemorar o hexa!

domingo, 13 de junho de 2010

da série B I L H E T E S | Nº 33

1. Mary e Max. Uma amizade diferente

É uma animação. É uma animação em stop motion (feita com bonecos de massinha que são fotogrados quadro a quadro). É uma animação em stop motion absolutamente tocante.

Conta a história de Mary, uma garotinha australiana de 8 anos, feia, desprezada na escola, sem atenção dos pais e que tem como amigo um galo; e de Max, um senhor novaiorquino de 44 anos, obeso, judeu, com uma síndrome que parece autismo e viciado em cachorro quente de chocolate.

A vida desses dois solitários se cruza ao acaso: Mary escolhe Max no catálogo para mandar uma carta (ela queria saber de onde vinham os bebês na América... ). A partir daí inicia-se uma longa troca de correspondências sobre a vida, sobre religião, sobre sexo, amor e, principalmente, sobre a importância e o significado da amizade. O filme é um drama cômico, profundo, que oferece mil possibilidades de reflexão. O visual é incrível e o desfecho emocionante. Já tá na minha lista de favoritos.


2. Onde vivem os monstros

Adaptado do livro Onde vivem os monstros, de Maurice Sendak, o filme do diretor Spike Jonze (Quero ser John Malkovick e Adaptação), transformou a pequena história numa discussão sensível sobre infância e amadurecimento.

Max é um garoto de grande poder imaginativo e um pouco raivoso. Depois de brigar com sua mãe, foge de casa, vestindo seu pijama de lobo, encontra um barquinho e navegas dias e noites até ir parar numa terra habitada por monstros estranhos. Pode parecer bobo, mas não é.

Autodeclarado rei dos monstros, Max passa a conviver com criaturas com personalidades bem definidas, que podem representar características da sua própria personalidade. Um egocêntrico e impetuoso, outro agressivo, um companheiro e solícito, outro contemplativo e melancólico e por aí vai... Mas nem tudo é diversão e Max vai perceber que a vida (fantasia e realidade) pode ser mais complexa do que parece.

É um filme apaixonantemente estranho. Ora lúdico, ora assustador, tem um visual (in)crível que até faz a gente esquecer que é uma fábula. Eu gostei tanto do filme que sou capaz de devorá-lo.

domingo, 6 de junho de 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010


da série B I L H E T E S | Nº 32