domingo, 12 de junho de 2011



A ÓBVIA ULULANTE

Em alguns momentos da vida, geralmente diante de situações extremas, como a perda de alguém próximo ou um problema grave de saúde, a gente se dá conta de como a vida é curta, de como somos criaturas frágeis e finitas, de como perdemos tempo com pequenices, de como cultivamos mágoas vãs.

É bem verdade que esses momentos duram pouco, mas pelo menos a gente se toca de como gasta tempo com o desimportante. Talvez mais tempo do que gastamos com o que é essencial. Os filósofos de botequim diriam: o que importa é o que interessa.

Tenho pensando sobre isso: gastando tempo com miudezas, não percebemos a felicidade acontecendo na nossa cara. Ululante. Óbvia. Olha a vida passando e nós esperando pelo grande evento da felicidade. Nem viu que já foi ou que está sendo.

Naquele filme muito legal chamado Sideways – Entre umas e outras, (se você for ficar fulo porque eu vou contar uma parte importante do filme, não leia este parágrafo) o cara, amante de vinhos, fica esperando por um grande momento pra tomar seu vinho mais especial e quando se toca, bebe o tal vinho numa lanchonete, sozinho e feliz, comendo um hambúrguer.

A felicidade pode estar nas pequenas coisas banais, com disse Mary Figueiredo Arantes. Eu faço coro. Happy hour com grandes amigos, elogio inesperado, dançar a noite toda, tarde de domingo com boa companhia e torta de chocolate podem ser momentos plenos de felicidade. Sempre alerta?

4 comentários:

  1. Acho que tem alguém aqui em casa precisando ler este post.

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  2. Como disse Joao Goulart: " infelicidade é questão de prefixo".

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  3. muito bom,a felicidade está nos pequenos grandes momentos,dá pra ser feliz comendo brigadeiro de colher,dançando,estando com a família,coms os amigos,caminhando na praia,bebendo uma doce água de côco,a feliciade está em um olhar,em um beijo em um abraço inesperado,até num simples recado ou em um telefonema

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