domingo, 13 de junho de 2010


1. Mary e Max. Uma amizade diferente

É uma animação. É uma animação em stop motion (feita com bonecos de massinha que são fotogrados quadro a quadro). É uma animação em stop motion absolutamente tocante.

Conta a história de Mary, uma garotinha australiana de 8 anos, feia, desprezada na escola, sem atenção dos pais e que tem como amigo um galo; e de Max, um senhor novaiorquino de 44 anos, obeso, judeu, com uma síndrome que parece autismo e viciado em cachorro quente de chocolate.

A vida desses dois solitários se cruza ao acaso: Mary escolhe Max no catálogo para mandar uma carta (ela queria saber de onde vinham os bebês na América... ). A partir daí inicia-se uma longa troca de correspondências sobre a vida, sobre religião, sobre sexo, amor e, principalmente, sobre a importância e o significado da amizade. O filme é um drama cômico, profundo, que oferece mil possibilidades de reflexão. O visual é incrível e o desfecho emocionante. Já tá na minha lista de favoritos.


2. Onde vivem os monstros

Adaptado do livro Onde vivem os monstros, de Maurice Sendak, o filme do diretor Spike Jonze (Quero ser John Malkovick e Adaptação), transformou a pequena história numa discussão sensível sobre infância e amadurecimento.

Max é um garoto de grande poder imaginativo e um pouco raivoso. Depois de brigar com sua mãe, foge de casa, vestindo seu pijama de lobo, encontra um barquinho e navegas dias e noites até ir parar numa terra habitada por monstros estranhos. Pode parecer bobo, mas não é.

Autodeclarado rei dos monstros, Max passa a conviver com criaturas com personalidades bem definidas, que podem representar características da sua própria personalidade. Um egocêntrico e impetuoso, outro agressivo, um companheiro e solícito, outro contemplativo e melancólico e por aí vai... Mas nem tudo é diversão e Max vai perceber que a vida (fantasia e realidade) pode ser mais complexa do que parece.

É um filme apaixonantemente estranho. Ora lúdico, ora assustador, tem um visual (in)crível que até faz a gente esquecer que é uma fábula. Eu gostei tanto do filme que sou capaz de devorá-lo.

2 comentários:

  1. Ei Paulo!! Ainda não vi o filme, mas ele me chamou a atenção. Será que também vou querer devorá-lo? Pena que aqui em BH está somente num cinema :) Adorei seu blog! Adorei seus posts! Sua criatividade! Qual sua relação com Papel e Tudo? Eu acho que posto produções suas no meu blog achando que é Papel e Tudo!! Vai lá ver.. :) Até mais!

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  2. Olá! Conheci seu blog hoje e me encantei toda. Esse post, então .. Também me identifiquei muito com o filme. Devoraria todo.
    Obrigada pelas imagens e escrita simples e amorosa!

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