quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CLOWN EM MIM

Me disseram que tenho Síndrome de Clown. Achei isso bonito. Falavam de uma certa mistura de natureza melancólica e bom humor... Disseram também que tenho uma boa cara pra palhaço. Que minha sobrancelha tem vocação para tal. Não, não foi um comentário jocoso ou ofensivo. E ainda que fosse pra ser, não teria sido. Eu sempre me encantei com aquela figura triste que fazia os outros sorrirem.

Por ocasião do Festival Mundial de Circo, em Belo Horizonte, pude assistir ao espetáculo do palhaço argentino Tomate. Incrível. Engraçadíssimo. E dramático. Ao final do show, ele tirava, ritualisticamente, toda a pintura do seu rosto. Se desnudava em toda sua melancolia... Comovente!

Ontem, assisti ao filme O Palhaço, do Selton Mello. Um belo filme. De uma singeleza emocionante. Ri frouxo e chorei também (caixa d’água que sou). Lá está o palhaço às voltas com sua dicotomia mais essencial. Procurando, procurando, procurando...

É assim, como disse o Puro-sangue ao Pangaré: o gato bebe leite, o rato come queijo e eu sou palhaço.

3 comentários:

  1. Eu sou um suspeito para falar de palhaços, eu simplesmente os amo!
    Desde criança enquanto meus amigos corriam para os colos das suas mães eu ai ao encontro deles,eu corria em direção contrária e já logo queria apertar aquele nariz vermelho e engraçado. Quantas e quantas vezes eu já não me vi no lugar deles?

    Pois é, não posso ouvir falar em palhaço que já fico todo alegre e animado.

    Nem preciso falar o quanto sou seu fã, né? haha Parabéns!

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  2. Assisti O Pallhaço e adorei. Ele é um misto de ternura, de alegria e tristeza. O palhaço não pode ser alegre o tempo inteiro, mesmo sendo sua profissão. O filme mostra com muita sensibilidade, o lado humano do ator, que sofre seus dilemas e tem que manter sua máscara. A melancolia faz parte, às vezes é necessária, e pode ser muito bonita também.

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