domingo, 12 de setembro de 2010

LITERATURA EM QUADRINHOS

Eu não sou doutor em HQs, mas sempre me interessei por esse universo. A tal graphic novel (me refiro ao formato livro em quadrinhos, sem me prender à definição precisa do termo e com o perdão dos experts) parece que foi descoberta pelo mercado editorial e por mim também. Dois livros que me cativaram nos últimos tempos são exemplos disso. Olha só!


1. Retalhos, de Craig Thompson
Na orelha do livro tá escrito: “Retalhos trata da tragédia e das dores, físicas e morais, de crescer sentindo-se diferente do ambiente que o cerca”. “Thompson retrata sua própria história, da infância até o início da vida adulta, numa cidadezinha (...) dos Estados Unidos que parece estar sempre coberta pela neve. Seu crescimento é marcado pelo temor a Deus – transmitido por sua família, seu colégio, seu pastor e as trágicas passagens bíblicas que lê – que se interpõe contra seus desejos, como o de se expressar pelo desenho”.

O autor ainda destaca sua relação com o irmão mais novo e, principalmente, com Raina, uma garota apaixonante que mudará suas visões de mundo. O livro tem uma linguagem gráfica muito massa, com desenhos lindos e uma história muito humana. Fiquei altamente envolvido e comovido com a história.

2.Persépolis, de Marjane Satrapi
Nessa autobiografia em quadrinhos, a autora iraniana conta sobre sua infância, suas relações familiares, a educação que combinou valores tradicionais com outros ocidentais e de esquerda, seu exílio, suas descobertas e sua formação, tendo nascido num país mergulhado "nas trevas do regime xiita". Ela conta sobre como é ser num mundo que não é o que você deseja.

A contracapa do livro diz: “Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama – e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.” O desenho da Marjane Satrapi é muito particular e forte. O livro é lindo e emocionante e já ganhou uma versão pro cinema igualmente massa. Vale a pena ler e ver!

P.S.: Apesar de tratarem de realidades opostas, Retalhos e Persépolis são muito parecidos. Pode ser meio brega, mas tudo se iguala quando o tema são as emoções humanas.

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